Estudo sobre o algoritmo do Twitter

De acordo com uma nota exibida pelo próprio Twitter nessa última quinta-feira (21 de outubro), evidenciou-se que o algoritmo do Twitter realmente favorece conteúdos que são relacionados à direita política. Essa análise foi realizada em países como França, Japão, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Espanha e Estados Unidos. Exceto pela Alemanha, todos os outros países tiveram esse favorecimento em postagens que possuíam conteúdos de direita política, quando comparado com conteúdos que eram relacionados à esquerda política daquele local. Apesar do Twitter afirmar não saber exatamente os motivos pelos quais o algoritmo acaba favorecendo conteúdos sobre a direita política, ele afirma ainda que esse tipo de comportamento é mais difícil de se analisar e chegar à uma conclusão do que quando há simples interações entre as pessoas na plataforma. De acordo com Steve Rathje, um PhD que se especializou em análise de redes sociais, publicou uma pesquisa pelo qual aponta que, talvez, esse tipo de comportamento no Twitter pode não estar relacionado necessariamente ao algoritmo. Levando em consideração a pesquisa realizada por Rathje, possivelmente pelo fato de haver mais discurso de ódio e — geralmente, relacionado — mais fake news, há mais amplificação destes conteúdos. Talvez o algoritmo do Twitter esteja atrelado, na verdade, à promoção de conteúdos tóxicos do que outros que são considerados mais “triviais“. O fato da Alemanha ter sido vista como exceção na pesquisa do próprio Twitter aponta justamente a um acordo que foi feito pelo país com as plataformas Twitter, Google e Facebook para a remoção de conteúdos que propagavam discurso de ódio, em até 24 horas após suas respectivas publicações. Alguns usuários, inclusive, mudam sua localização nas configurações do Twitter para Alemanha na intenção de evitarem possíveis conteúdos nazistas na rede social.

Tentativa do Twitter de minimizar a situação

Provavelmente pensando justamente neste algoritmo, há algum tempo o Twitter estava testando uma ferramenta em que a rede social informava o usuário que, ao tentar enviar algum conteúdo que possuía discurso de ódio, xingamentos ou algo semelhante, o que ele estava prestas a publicar poderia ser considerado ofensivo ou de mal gosto. Para Frances Haugen, que vazou informações dizendo que o algoritmo do Facebook favorecia justamente esse tipo de discurso, bem como conteúdos decisivos, pode ser exatamente o que o Twitter está tentando implementar em sua plataforma. Em mais um apontamento de Rathje, baseado em estudos semelhantes, afirma-se que perfis conservadores não são os únicos que publicam discurso de ódio, mas são os principais propagadores deste tipo de conteúdo — a nível mundial. Esse comportamento pode explicar o motivo pelo qual o algoritmo do Twitter trabalha da maneira atual de ser, mas que pesquisas continuarão a ser realizadas para compreender como o algoritmo privilegia estes conteúdos para, então, medidas de conteção sejam tomadas.

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Você já ouviu falar na ferramenta que será implementada no Twitter chamada Bonificações? Confira agora como funcionará! Fonte: The Verge.

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