Situação da busca de emprego na modernidade

Antigamente, era mais comum as empresas adotarem longos processos, com entrevistas presenciais e testes demorados. Com a facilitação do acesso à tecnologia e ainda o isolamento social provocado pela pandemia de COVID-19, a escolha mais proveitosa para as companhias foi buscar softwares que realizassem o mesmo trabalho muito mais rápido. Os dados dos acadêmicos dizem que 75% dos empregadores nos Estados Unidos utilizam esse mecanismo. Dessa forma, os trabalhadores ocultos têm suas candidaturas negadas, muitas vezes graças a “processos de contratação que se concentram no que eles não têm (como credenciais), em vez do valor que podem trazer (como habilidades)”. A busca por palavras-chave no currículo é um exemplo. Tal questão também se reflete no Brasil com um tópico extra: cada vez mais os contratantes buscam pessoas especializadas em áreas diferentes da sua original. Então, além da escassez e dificuldades para encontrar uma vaga, os profissionais precisam ser capazes de realizar múltiplas tarefas. Essa tendência tem acontecido nos últimos tempos e promete continuar. A área de TI é uma das que mais está em mudança.

Os trabalhadores ocultos

Nomeados de “trabalhadores ocultos”, esses profissionais enviam seus currículos para os processos seletivos que, por sua vez, são automatizados com o auxílio de inteligência artificial (IA). A seleção é feita em minutos e, consequentemente, vários perfis acabam sendo descartados. O relatório de Harvard dividiu os profissionais em três categorias: aqueles que possuem emprego de meio período, mas gostariam de um em tempo integral (63%), os que procuram vagas e estão desempregados há muito tempo (33%) e, por fim, os que estão ausentes do mercado de trabalho atualmente (4%). O levantamento constatou que os principais afetados pelo algoritmo das empresas são os veteranos, pessoas com deficiência, refugiados, ex-detentos, pessoas com problemas de saúde mental ou física, pessoas cujo cônjuge se mudou para outro local e cuidadores de idosos e adultos. Os pesquisadores afirmam que a situação nos Estados Unidos deve refletir o que acontece também em outros locais no mundo, como o Reino Unido e a Alemanha. Se não há a manutenção da tecnologia de IA, os números de desempregados tendem a não melhorar.

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