O evento iniciado em 2019 chegou à sua terceira edição consecutiva, apresentando algumas novas soluções de debates a respeito do desenvolvimento das Cidades Inteligentes. O termo não possui exatamente uma definição própria, pois o conceito de inteligência é subjetivo e ambíguo demais para ser analisado. No entanto, uma boa aproximação a ser feita é pensar em um ecossistema interativo entre pessoas e cada vez mais tecnologia capaz de resolver problemas de forma rápida e segura. Na perspectiva da Qualcomm a ideia se resume à conectividade, principalmente o 5G. A tecnologia tem grande eficiência para comunicação, recebimento e liberação de dados, tornando o pensamento principal em conectar a população com as metrópoles enquanto os dados são enviados para um armazenamento em nuvem. Nesse âmbito o 5G também proporciona o desenvolvimento de cada vez mais Inteligência Artificial em aplicações urbanas, como melhorias no tráfego, iluminação pública, gerenciamento de serviços, educação e saúde. A concepção é muito ligada com a evolução da transformação digital graças a uma maior implementação de Internet das Coisas no meio urbano, ou seja, inserir internet inclusive numa lixeira para torna-la mais prática e sustentável, por exemplo. Contudo, embora as Cidades Inteligentes parecem um caminho natural para o futuro, um dos principais debates do painel se situou em como realizar esse processo. Para Cristiano Amom e o ex-astro do basquete, Magic Johnson, é necessário discutir as desigualdades existentes e diminuir a disparidade entre os mais ricos e os mais pobres. Esse cenário só deve ser resolvido quando houver realmente um maior investimento de infraestrutura pública. Johnson ressalta como a pandemia intensificou a assimetria entre as camadas, evidenciando a educação como um dos grandes setores afetados, principalmente com a população negra. Além disso, a falta de conexão com internet ou aparelho como um smartphone ou computador foram fundamentais para que mais pessoas não tivessem acesso à telemedicina curativa e preventiva. O CEO comenta sobre um teste realizado em Londres, no Reino Unido. Redes 5G foram instaladas em algumas ambulâncias, juntamente com equipamentos de filmagem em alta definição. A proposta era que no exato momento em que uma pessoa fosse socorrida e colocada no veículo, as imagens fossem diretamente transmitidas para um médico, que daria o diagnóstico antes mesmo do paciente chegar ao hospital. O avanço das Cidades Inteligentes deverá ter forte ajuda das companhias privadas, mas é de grande importância saber como essas empresas poderão, de fato, beneficiar a população. Em um sistema em que os dados são o grande ativo econômico do século XXI, integrar tudo e todos em redes pode levantar grandes discussões sobre privacidade individual e o que as companhias fazem com as informações. Por fim, Amon conclui que as Cidades Inteligentes não se tornarão realidade do dia para a noite, e esse processo ainda deve durar uns bons anos. No curto prazo, é esperado que tenhamos grandes novidades nos próximos 2 ou 3 anos. A iniciativa tem potencial para criar ambientes mais limpos, seguros, e ajudar a melhorar o sistema de educação e saúde, mas até lá, há um longo caminho pela frente. E aí, o que achou dessa iniciativa de Cidades Inteligentes da Qualcomm? Que tal conferir também sobre o SedexHoje, a nova modalidade de entregas rápidas dos Correios.

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