Na solenidade, participaram os membros do Conselho Universitário, professores e diretores do departamento de diversas áreas. Durante a fala visivelmente emocionada de Amon, ele agradece não só a universidade, mas também a sua família pela conquista, em especial ao seu pai, também engenheiro elétrico, sua principal inspiração.
Além disso, ele também destaca que, mesmo tendo uma grande carreira no exterior, todos os seus estudos foram feitos no Brasil, algo que, segundo ele, mostra que as universidades brasileiras podem formar excelentes profissionais.

Coletiva com jornalistas

Um pouco antes da solenidade, houve uma coletiva de imprensa para falar sobre a premiação. Quando perguntado como se sente em relação a premiação, Cristiano Amon diz que foi um telefonema “muito feliz”: Ao ser questionado se no futuro ele pretende dar aulas em universidades, Amon diz não descartar essa possibilidade, mas que é algo para o futuro.

Carreira bem-sucedida de Cristiano Amon

Cristiano Amon nasceu em 1970 e se formou no curso de Engenharia Elétrica da Universidade de Campinas em 1992. Logo em seguida, ingressou no mercado de telecomunicações em janeiro de 1993 na empresa NEC e, dois anos depois, em 1995, entrou para a Qualcomm. Atualmente no cargo de presidente, Amon é o primeiro não norte-americano a conquistar este título. Durante seu período na NEC, ele trabalhou na engenharia de implantação das primeiras redes de celulares do Brasil, nas cidade do Rio de Janeiro e São Paulo. Participou também do desenvolvimento da primeira proposta de CDMA da empresa, vitoriosa em ambos editais. Já na Qualcomm, durante os anos de 1996 a 1999, orientou o processo de padronização e comercialização de CDMA no Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Colômbia e Venezuela. Anos mais tarde, passou a liderar a área de CDMA da empresa no mundo, se tornando responsável por toda linha de produtos da empresa para 3G e processadores móveis, assim como a transição para o 4G LTE.
Em 2012, Amon assumiu o cargo de co-presidente e depois presidente da área de produto, sendo responsável também por conquistar o mercado chinês de celulares, e expandiu os negócios da empresa para o setor automotivo, IoT (Internet das Coisas), redes, RFFE, biométricos, computadores e inteligência artificial.
Por fim, em 2018 se torna presidente mundial da Qualcomm, embarcando pessoalmente em uma campanha mundial para criar os primeiros chips 5G de celular, presente em países como EUA, Coréia, China, Europa e Austrália. Já para o futuro, Amon brinca: “meu presente é muito intenso, não consigo projetar nada para os próximos anos”. Nos próximos dias, estaremos diretamente do Havaí para acompanhar todas as novidades do Tech Summit, onde serão anunciados os novos processadores para 2020 e mais informações da atuação da empresa na tecnologia 5G.

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