Há quem diga que o sexto episódio dessa temporada de Game of Thrones foi o mais fraco, talvez por não ter nenhuma cena chocante, ou nenhuma morte. Mesmo assim, “Blood of my Blood” foi um episódio importante e apesar dos clichês, cheio de significado. Como de costume o texto está recheado de SPOILERS, prossiga por sua conta e risco.
O episódio se iniciou com Meera carregando Bran e fugindo dos “Outros”, e quando ela já não tinha mais forças para continuar, fomos apresentados a um cavaleiro “misterioso” que os salvou do perigo. O tal personagem na verdade é Benjen Stark, que estava sumido desde a primeira temporada. Tio Benjen, como é chamado por seus sobrinhos nortenhos foi atingido e deixado para morrer por um Caminhante Branco, quando foi encontrado pelas crianças da floresta, que o salvaram com vidro de dragão, e desde então ele se tornou o protetor do Corvo de três olhos, que agora é Bran, seu sobrinho.
Sam e Gilly chegam ao Monte Chifre, e inevitavelmente, seu pai descobre que a menina é uma selvagem, destratando e rebaixando ainda mais os dois. Sam pretendia deixar ela e o pequeno Sam aos cuidados de sua família enquanto ele seguiria para a Cidadela onde se tornará um Meistre. Diante da atitude de seu pai, ele pretende fugir a noite e levar Gilly e o bebê, mas não antes de levar a espada de sua família, a Veneno do Coração, uma das poucas feita de Aço Valiriano. Já sabemos que Sam já matou um Caminhante, e Aço Valiriano é o único metal que consegue matar os caminhantes, então essa cena deve fazer muito sentido num futuro bem próximo.
Arya tomou uma decisão nem tanto inesperada. Decidiu não matar Lady Crane, que era sua missão dada por Jaqen H’ghar a ela. A garota que antes não era “ninguém”, voltou a ser Arya, desistiu da missão, recuperou sua espada “Agulha” e ao que tudo indica deve voltar para Westeros onde quem resta de sua família está. O que ela não espera é que não vai escapar tranquilamente, já que a “menina loira” vai atrás dela, com permissão para matar, sem dor, pelo menos. Será que veremos um encontro de todos os Starks vivos ainda nessa temporada, ou dessa Arya não escapa?! Daenerys finalizou o episódio com mais um discurso emocionante, onde ela afirma quem é, mais uma vez, prometendo aos Dothraki lealdade, se eles a seguirem até Westeros para tomar para si o trono de ferro, e claro, montada em seu filho rebelde Drogon, que estava por perto.
Agora saindo do óbvio, vamos para a reviravolta do episódio. O Alto Pardal está com Margaery nas escadarias do Septo, com toda a fé militante discursando sobre a remissão dos pecados da rainha. O povo está no pátio aguardando pela caminhada da vergonha. Enquanto isso Jaime e Mace Tyrell marcham com suas tropas para impedir que isso aconteça. O que deveria acontecer? Confronto, morte, sangue, um resgate? Muito óbvio para Game of Thrones. Em vez disso, não houve nenhuma caminhada da vergonha, nem um confronto sequer. Margaery trouxe o Rei Tommen para a Fé dos Sete, e por isso, se redimiu. Voltará para casa e a Fé militante agora tem poder político e influencia sobre o rei. O primeiro ato de “fé real” do rei foi de destituir Jaime do cargo de Senhor Comandante da Guarda Real que será mandado para o Correrio, longe de sua família. A cada episódio as atitudes do pequeno e inexperiente rei ficam ainda mais desprezíveis. E para finalizar, nada mais legal que ver Aerys II Targaryen, O Rei Louco, e pai de Daenerys nas visões de Bran:
Também dá pra ver ele mandando queimar todos com fogovivo, e Jaime o apunhalando pelas costas. Evento que praticamente marca o início de Game of Thrones. Bran também viu Daenerys, seus dragões, e mãos ensanguentadas, possivelmente de Lyanna Stark dando a luz à “Jon (Snow) Stark Targarien”. Gostou desse episódio, e o espera que aconteça nos próximos?