O projeto “A Voz da Arte” usa o poder de compreensão do Watson – ou melhor, da Isabela, na versão especialmente desenvolvida para o Brasil – para entender as perguntas feitas pelos visitantes e trazer respostas relevantes e – a empresa faz questão de lembrar – cuidadosamente curadas.

Não é feitiçaria, é tecnologia

O resultado é mais do que interessante. Independente da forma com que uma pergunta como “Quem é pintor?” ou “O que está escrito no livro que aquele personagem tem na mão?” e até “A que escola esta obra pertence?” é feita, o Watson se encarrega de interpretá-la e trazer uma resposta de seu banco de dados. A equipe escolheu sete das principais obras do acervo para serem “ensinadas” ao Watson:  Mestiço, de Cândido Portinari (1934); Saudade, de Almeida Junior (1899); Ventania, de Antonio Parreiras (1888); São Paulo, de Tarsila do Amaral (1924); O Porco, de Nelson Leirner (1967); Bananal, de Lasar Segall (1927); e Lindonéia, a Gioconda do subúrbio, de Rubens Gerchman (1966). Depois da fase inicial de timidez com a nova tecnologia, é um prazer aprender com as respostas dadas pela Isabela (a voz brasileira do Watson). A sensação é de estar mesmo perguntando para alguém que entenderá você, independente da forma com que a pergunta é feita. Pois, sim, houve aqui um carinho especial para ensinar regionalismos e expressões diversas do português ao Watson. A iniciativa pretende, inclusive, facilitar o acesso à arte e cultura, fazendo do museu um espaço mais acessível para quem não tem o costume de visitá-lo. Aliás, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizado em 2010, 70% dos brasileiros responderam que nunca visitaram um museu ou um centro cultural. Nesse contexto, o Watson ajuda a aumentar o interesse dos brasileiros pela arte, trazendo o “contexto histórico” das obras.

Como Funciona

A visita com Watson é simples e intuitiva. Na chegada à Pinacoteca, o visitante recebe um smartphone com fone de ouvido e o aplicativo mobile do projeto “A Voz da Arte” instalado no aparelho. Ao andar pelo museu, o púbico recebe notificações automáticas sobre a proximidade de obras interativas. Com isso, já pode começar a fazer qualquer tipo de pergunta, bastando apertar um botão na tela do smartphone. Toda a interação é realizada por áudio e voz, em português. Deficientes auditivos também podem participar da experiência por meio de conversa escrita (chat).

A IBM ensinou ao Watson, em média, 50 respostas baseadas no conteúdo histórico de cada obra. Para cada uma destas informações, chamadas pela empresa de “intenções”, o assistente inteligente recebe indicações sobre como pode ser perguntado sobre elas. Um fato interessante é que, a cada resposta dada para um visitante, o Watson aprende novas formas em que a mesma pergunta pode ser feita, melhorando a todo tempo. “Queremos que o visitante experimente uma nova forma de ir ao museu, interagindo com as peças de arte e esclarecendo suas principais dúvidas em tempo real. As curiosidades sobre as obras que selecionamos são inúmeras e conversar com elas é uma forma individualizada e estimulante de aprender. O objetivo final é que as pessoas terminem a visita entendendo um pouco mais sobre arte e com a experiência de que o museu é, sim. divertido”, afirma Fabiana Galetol, Executiva de comunicações externas da IBM Brasil. O projeto “A Voz da Arte” foi desenhado pela IBM Brasil em conjunto com a Ogilvy e as equipes da própria Pinacoteca. Para quem quiser conhecê-lo, a mostra estará aberta ao público até 5 de junho:

Mostra: “A Voz da Arte”; Local: Pinacoteca do Estado de São Paulo Período: Praça da Luz, 2 – Luz, São Paulo – SP;

Abaixo você vê o vídeo criado pela IBM sobre a iniciativa: https://www.youtube.com/watch?v=WLVi5ePu36E

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