O AiQFome atende 350 cidades distribuídas em 21 estados dentro de todo o território nacional, alcançando um número de usuários próximo aos 2 milhões e tendo parceria com 17 mil restaurantes. A média de pedidos, segundo dados do próprio aplicativo, é de três encomendas por mês por cada usuário, o que gera uma receita aproximada de 700 milhões de reais por ano — essa recorrência de pedidos é um dos objetivos principais do Magalu no que concerne ao aumento de vendas.

AiQFome tem um modelo diferente de entrega

Ao contrário de outros aplicativos de delivery de comida, como o iFood, Uber Eats e outros, o AiQFome toma a posição de mediador entre a encomenda e o pagamento das refeições, enquanto a entrega propriamente dita fica sob responsabilidade do restaurante parceiro.  Com a compra pelo Magazine Luiza, o aplicativo receberá mais investimento para operar em cidades de grande porte, além de conseguir melhores oportunidades logísticas para atender a cidades pequenas no interior do Brasil. Como se não fosse o suficiente, os restaurantes integrados ao app também ganharão benefícios, como o acesso ao Magalu Pagamentos, ao Magalu Entregas e a todos os outros serviços do programa Magalu as a Service. Com o tempo, os entregadores associados ao aplicativo da startup podem começar a entregar outros produtos do Magazine Luiza também, desenvolvendo ainda mais a rede logística da gigante varejista. O foco do Magazine Luiza ao desenvolver esse super aplicativo parece ser o de oferecer soluções em todos os segmentos, o que é, cada vez mais, uma realidade próxima. Dessa maneira, um usuário não precisará instalar vários aplicativos diferentes no smartphone, basta adquirir um só para ter acesso a vários ramos do comércio digital, tudo à distância de um só toque. O AiQFome poderá também ser beneficiado pelo sistema de escala, ganhando o auxílio do LuizaLabs, laboratório de inovação do Magazine Luiza que já possui cerca de 1.300 desenvolvedores. A operação de aumento de escala poderá reproduzir o que já ocorreu com outras startups compradas pelo Magalu, como por exemplo a Logbee, de tecnologia logística. Em maio de 2018,quando foi adquirida, a Logbee atuava apenas na cidade de São Paulo. Hoje, está presente em centenas de municípios ao redor do país. E, até o presente momento, essa estratégia parece estar funcionando bem, dado que a Magalu cresceu 49% no segundo trimestre de 2020, mesmo em meio à pandemia, e se tornou a maior varejista do país. Muito disso se deu por conta dos investimentos na área digital da empresa, principalmente no meio de uma crise sanitária que impediu a grande maioria da população de ir às ruas. Fontes: Exame | G1

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