A enquete questionava: “Trabalho remoto está fazendo mal para sua saúde mental?”. Das 9726 respostas obtidas, 66% diziam que sim. Dificuldades em diferenciar expediente e período de descanso, a pressão para estar sempre online e a falta de interação social (por conta, também, do distanciamento social) estão entre os fatores do home office que podem ter impacto negativo na saúde mental dos profissionais.

Tempos de home office

O trabalho remoto (ou home office) não é novidade. Mas o contexto de pandemia da COVID-19 deu um “boom” nessa modalidade de trabalho. Isso porque para respeitar as medidas de distanciamento social e quarentena, as empresas dispensaram seus funcionários dos escritórios. Mas não dispensaram o trabalho em si. Nessa “nova realidade”, grande parte dos profissionais estão em casa — mas não estão de folga. Com isso, muitos precisaram aderir ao trabalho remoto.  Para alguns, essa modalidade funciona e traz até algumas vantagens, como flexibilidade maior para realizar as tarefas e não precisar usar transporte público diariamente — o que é ótimo também para se proteger do novo coronavírus. Para outros, porém, essa realidade está fazendo mal para sua saúde mental. De acordo com o aplicativo Blind, voltado para troca de experiências de trabalho, os profissionais que se sentem mais afetados são funcionários do Facebook, Yahoo, Paypal e Yelp. Já os que se sentem menos afetados trabalham no Snapchat, Workday e T-Mobile.

Vantagens, desvantagens e cuidados do trabalho remoto

No aplicativo, um engenheiro da Microsoft comentou sobre a sua experiência em trabalhar de casa. Ele disse que “a carga horária estendida do expediente e a falta de limites entre casa e trabalho com certeza prejudicam [a saúde mental]”. Só que isso não é um consenso entre os profissionais. Uma pesquisa realizada pela empresa Adzooma mostrou as vantagens que os profissionais veem no home office: 39,9% gosta da flexibilidade que o home office possui, 37,6% vê como vantagem não precisar usar transporte público todos os dias e 13,4% disse gostar de ter um espaço em casa para se concentrar. A pesquisa também mostrou que 60% dos entrevistados gostariam de trabalhar de casa se essa opção fosse dada a eles. Já 63,6% dos que trabalham em home office atualmente admitiram que sentem falta do dia-a-dia no escritório. Para aliviar um pouco desse peso do home office sobre o psicológico dos profissionais, existem algumas dicas. Entre as principais, estão: 

Buscar o equilíbrio entre expediente e descanso; Manter contato (mesmo que remoto) com a sua equipe;Aproveitar as vantagens da tecnologia (apps de produtividade, chamadas de vídeo, meditação etc);Estabelecer os limites e a dinâmica do seu expediente.

Fato é que as empresas vão precisar ponderar os aspectos positivos e negativos do home office no pós-pandemia. Por mais que seja um modelo de trabalho mais econômico, traz uma série de limitações e agora ficou mais claro do que nunca que também prejudica a saúde mental dos profissionais. O app Blind está disponível para Android e iPhone.

Twitter: home office pode ser para sempre

Muito se diz sobre como as empresas vão lidar com o home office no pós-pandemia. No caso do Twitter, essa modalidade veio para ficar. O CEO Jack Dorsey disse que os funcionários da rede social poderão trabalhar em home office para sempre. De acordo com o jornal britânico The Guardian, todos os colaboradores da rede social receberam um e-mail do CEO oficializando o regime de trabalho mesmo após a pandemia. E você? Tem trabalho em home office também? Conte para nós, nos comentários, como tem sido sua experiência e o que você acha dessa tendência! Fonte: Verdict

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