A empresa decidiu ouvir os fãs brasileiros e trouxe para o mercado nacional a versão equipada com o processador Snapdragon 8 Gen 1, deixando para o mercado europeu a versão com o Exynos. Em alguns testes o Exynos se sai melhor, mas na grande maioria o chip da Qualcomm vence. Sorte a nossa, né? Talvez os gamers sejam os únicos que não ficarão felizes com essa escolha, já que o Exynos 2200 (chip usado na linha S22 vendida na Europa) marcou a união entre Samsung e AMD para criar o processador que leva o Ray Tracing aos smartphones. Antes de falarmos de cada uma das características do Galaxy S22, é preciso deixar claro que apesar de terem sido lançados juntos, são smartphones com diferenças que vão além do tamanho físico, quantidade de câmeras e bateria. Na tabela abaixo listamos os principais itens que diferenciam os modelos da linha Galaxy S22: Meu celular anterior era o Galaxy S20 FE (também já fiz review) que, apesar de muito bom, depois de quase 2 anos começa a apresentar lentidões na câmera — algo que é bem comum nos smartphones Android. Quando o S22 chegou a primeira coisa que eu pensei foi: quase não tem diferença entre eles. E de fato, há muitas semelhanças, e isso é ótimo. Indica que mesmo dois anos de diferença não significam ter um aparelho defasado, a Samsung tem feito aparelhos que vão durar bastante tempo sem você sentir que precisa trocar de telefone. Obrigado, Samsung! ♥ Entre as novidades, temos a confirmação de 4 anos de atualização do Android e 5 anos de atualização de segurança — até 2026 e 2027 respectivamente. A Samsung é a primeira fabricante de smartphones Android a ter uma política de atualização clara — além do Google, com a linha Pixel. A câmera frontal — apesar de ter 10MP — faz registros espetaculares, o desfoque está muito melhorado, e fotos à noite ganharam um pós-processamento muito bom. Enfim, veja item a item o que achamos deste carinha.
Design
Estou há cerca de um ano e meio usando um Galaxy S20 FE e a primeira coisa que me chamou atenção no Galaxy S22 foi o encaixe dele na minha mão. O S20 FE não chega a ficar desconfortável, mas o S22 fica perfeito: é confortável tanto no encaixe quanto no peso. Medindo 146 x 70,6 x 7,6 mm e pesando 167 gramas, quem não tem mãos grandes ficará bem contente com o S22. Ele é revestido por Gorilla Glass Victus+ tanto na frente quanto na parte de trás, que de acordo com a Samsung é o primeiro smartphone com tal material. Essa escolha pode ser justificada pelas críticas recebidas nos modelos anteriores que vinham com plástico na traseira. As laterais são de um material que a fabricante chama de “estrutura de alumínio Armor polida”, capaz de “proteger as laterais com um material super-resistente”. É bonito, mas eu recomendaria usar capa de proteção, qualquer queda vai arranhar e tirar o brilho e charme que as laterais têm com esse aspecto cromado. Diferente do S20 FE que tinha 5 antenas, o S22 tem 6 antenas em toda a lateral e não há entrada para cartão de memória, apenas para o chip nanoSIM. Outra coisa que difere a linha FE da linha principal é o sensor de digital — ótico nos modelos FE e ultrassônico nos normais. Vamos ver se o provável S22 FE continuará assim. As bordas na tela são menores e a lateral está relativamente menos curva em comparação com o S21. O design do Galaxy S22 é uma lapidação sofisticada do S21, é pouco provável que não agrade quem gosta da linha principal da Samsung. Olhando rápido e com a tela desligada, ele até é confundido com o iPhone.
Tela
A tela é linda. Estamos saindo do verão e o sol continua brilhando. Se no S20 FE eu tinha um pouco de dificuldade de usar o celular em ambientes externos usando óculos de sol, no S22 isso não acontece: os 1.300 nits de brilho máximo permitem enxergar a tela mesmo em ambientes claros e usando óculos escuro. Esse é, inclusive, um dos pontos abordados na campanha de marketing dos aparelhos: A Samsung sempre fez telas excelentes, não à toa é uma das principais fabricantes do componente no mundo, vendendo inclusive as telas que estão em vários modelos de iPhone. Aqui não é diferente: imagens nítidas com altíssima qualidade, cores vivas e brilho muito bom, mérito da tela AMOLED. Com apenas 6,1 polegadas, ele é um dos menores telefones Android topo de linha no mercado atualmente, só perde pro ASUS Zenfone 8 de 5,9 polegadas. Pra quem gosta de celulares ainda menores, existe a linha mini, da Apple. Ano passado testei o primeiro iPhone mini e contei tudo aqui no review do iPhone 12 mini. Com resolução de 2340×1080 (425 ppi) e taxa de atualização máxima de 120Hz, o Galaxy S22 tem uma tela com tecnologia AMOLED de alta qualidade. Você pode mudar a taxa de atualização para 60Hz nas configurações se quiser economizar energia. A tela mantém o suporte ao HDR10+ como visto na geração passada, garantindo que o conteúdo em vídeo tenha mais contraste o tempo todo. Há um pequeno furo na parte superior do display, que abriga a câmera frontal de 10MP. Felizmente, a tela é plana, ao contrário do Galaxy S22 Ultra e de alguns outros telefones, que possuem um design curvo. Eu tive o Galaxy S8 e era bem difícil encontrar películas que ficassem por muito tempo na tela. Tanto que em mais de 10 anos usando smartphones, ele foi o meu único celular que teve a tela trincada, já que acabei tendo que usar sem películas. Quem tem o Galaxy S21 não terá benefício nenhum trocando para o S22 quando o assunto é tela, já que as especificações são as mesmas (e isso não é um problema, a tela era incrível e se mantém assim).
Câmera
A lente principal (wide) e a telefoto tiveram mudanças em suas resoluções comparando com o Galaxy S21. Enquanto a ultra wide permanece com 12MP, a principal saiu de 12MP para 50MP, e a telefoto saiu de 64MP para 10MP. Há muitas gerações as câmeras fazem registros espetaculares de dia ou em situações com muita luz. Quando comparei fotos de dia entre o Galaxy S22 e o S20 FE, a primeira coisa que pensei foi: é quase a mesma coisa. Eu estava errado, principalmente sobre a câmera frontal e em fotos à noite, situação em que a diferença é gritante. As melhorias à noite são significativas, mas o mérito está principalmente no pós processamento. Em fotos feitas à noite ou em situações de baixa luz, após clicar e abrir na galeria, você vê a mágica acontecendo.
Recursos da câmera do S22
Modo ProVídeo profissionalSingle TakeNoturnoFoodPanorâmicaSuper Slow-MoCâmera lentaTimelapseVídeo em retratoVisão do Diretor
Câmeras traseiras do S22:
50 MP, f/1.8, 23mm (wide), 1/1.56″, 1.0µm, Dual Pixel PDAF, OIS10 MP, f/2.4, 70mm (telephoto), 1/3.94″, 1.0µm, PDAF, OIS, 3x zoom ótico12 MP, f/2.2, 13mm, 120˚ (ultrawide), 1/2.55″ 1.4µm, Super Steady videoGrava vídeos em 8K a 24fps, 4K a 30/60fps, 1080p a 30/60/240fps, 720p a 960fps, HDR10+, gravação de som estéreo, gyro-EIS
Câmera frontal do S22:
10 MP, f/2.2, 26mm (wide), 1/3.24″, 1.22µm, Dual Pixel PDAFGrava vídeos em 4K a 30/60fps, 1080p a 30/60fps
Câmera principal do S22
São 50 megapixels em um sensor Samsung ISOCELL GN5 (S5KGN5) com ISOCELL 2.0, melhoria comparado ao ISOCELL Plus do ano passado, que promete maior sensibilidade à luz, reduzindo ainda mais a perda de luz. Mais abaixo você verá que com o pós processamento as fotos à noite ficam muito boas. Isso faz parte do conjunto de melhorias que a Samsung chama de “NIGHTOGRAPHY” O GN5 de 50MP é um sensor Tetracell, o que significa que ele combina quatro pixels para fazer fotos com 12.5MP que são transformados em fotos de 12MP com resolução de 4000×3000 pixels. Temos uma lente de 23mm com abertura de f/1.8, Dual Pixel PDAF e estabilização ótica para gravações de vídeo. Cores, nitidez, tudo está ótimo, não há nada de negativo para pontuar. Veja nas fotos abaixo:
Câmera teleobjetiva do S22
Muita gente reclamou que houve um downgrade do Galaxy S21 na lente teleobjetiva — que tinha 64MP e passou a ter 10MP — mas o fato é que o S22 não usa zoom digital para fazer o recorte na imagem, agora a lente mesmo quem tem o zoom, o que melhora significativamente o resultado final. Temos um sensor S5K3K1 com pixels individuais numa lente de 70mm com abertura f/2.4 que tem como recursos PDAF e estabilização ótica. A sul-coreana decidiu manter as 3 câmeras com a resolução de 4000×3000, ou 12MP, o que significa que o celular faz um upscaling da foto de 10MP para 12MP, o que não é o ideal. A qualidade das fotos é excelente, fazendo fotos nítidas e ricas em detalhes, com ruído no mínimo e cores muito bonitas. O modo retrato está bem evoluído, mas não é perfeito — o contorno nos fios de cabelo ajuda a entregar, mas melhorou bastante. Para finalizar, temos o zoom digital de 30x além do zoom óptico de 3x. Não é perfeito, claro, mas é decente.
Câmera ultra-wide
Temos aqui a mesma câmera do S21: mesmo campo de visão, lente de 12mm com abertura f/2.2, foco fixo e 120º de abertura. Infelizmente só o S22 Ultra tem a possibilidade de usar essa lente para fotos macro, assim como o S21 Ultra do ano passado. O que difere aqui é que no app de câmera você vê a opção de 0,6x, ao invés de 0,5. Pra encerrar, essa é a única lente que não está habilitada para o modo retrato.
Câmera frontal do S22
Olha, me surpreendeu. É comum o azul do céu estourar e ficar quase branco, ou um azul bem lavado. No Galaxy S22 isso acontece, mas bem menos. No registro abaixo a câmera frontal focou no objeto central (eu) e capturou muito bem a claridade do céu ao fundo. As sombras nas arvores ficaram escuras, tá tudo muito bom! Evoluções muito bem-vindas! O modo retrato evoluiu bastante. Desde que celulares fazem modo retrato, os fios de cabelo sempre entregaram que a foto era feita no celular e que o borrado no fundo era software trabalhando. No Galaxy S22 isso está bem amenizado, não é perfeito como uma lente profissional poderia fazer, mas está bem melhor, a sensação de profundidade está mais natural. Até à noite as fotos saem muito boas, inclusive, em condições sem muita luz.
Fotos à noite com o S22
Uma foto vale mais que mil palavras, né? Sem tripé, segurando com a mão o Galaxy S22 e o S20 FE e fiz os registros abaixo usando a câmera principal para que vocês possam notar a evolução: A nitidez, a quantidade de luz, os detalhes, tudo ficou melhor no registro feito pelo S22. A Samsung implementou um pós processamento (que é possível de ser visto trabalhando, quando você abre a foto você a vê carregando para ser atualizada) que melhora demais fotos feitas à noite. O modo noturno está de parabéns! Eu adoro fotos com longa exposição. No review do S20 FE eu fiz várias. O Galaxy S22 felizmente mantém o modo Pro e registros como esse são possíveis de serem feitos às 22:30 controlando ISO e velocidade de obturador: À noite é comum notarmos pontos de granulação em locais escuros ou com sombra e estouros em locais iluminados. O S22 lida bem com esse contraste, como é possível ver na foto a seguir: no quadro preto, a sombra projetada apesar de não ter muita definição, não ficou com muito ruído, e os pontos de luz não estouraram. A ultra-wide apresenta os resultados mais fracos à noite. O modo noturno ajuda bastante, mas não faz milagres. Como as outras duas câmeras traseiras compensam, acho que dá pra relevar, né? Principalmente por que não há muito serrilhado ou ruído, o escuro fica escuro. Vale lembrar que o modo Pro, que te permite controlar ISO, velocidade do obturador, foto, balanço de branco e outras coisas, agora funciona em todas as lentes, antes a telefoto ficava de fora.
Bateria
Talvez seja o ponto mais fraco do Galaxy S22. Em comparação com o S21 a bateria caiu de 4000 mAh (o que já não era muito) para 3700 mAh. Em 11 minutos de uso da câmera, fiz 21 fotos alternando entre câmera traseira e frontal e vi a bateria saltar de 21% para 19%. Com o adaptador de 25W (que, apesar de não vir na caixa, você pode pedir gratuitamente em até 30 dias após a compra) o aparelho leva pouco mais de 1 hora pra ser totalmente carregado. Pra completar, o Galaxy S22 não conta com carregamento de 45W, como o S22+ e o S22 Ultra. A bateria é menor que o antecessor, o carregador não vem na caixa e ainda limitaram a capacidade máxima de carregamento. Poxa, Samsung… Se o seu perfil de uso é intenso, esse definitivamente não é o celular pra você, talvez seja melhor escolher o S22+ ou o S22 Ultra, que têm baterias maiores. Com o tempo o aparelho vai entendendo seu uso e a inteligência artificial vai fazendo seu trabalho pra poupar energia quando precisa, tanto que depois de muitas semanas usando, quase não noto mais aquecimentos.
Som
O som é alto e claro, sem muitas distorções. Se você está saindo de um celular sem som estéreo, notará uma grande diferença. Os alto falantes estão posicionados na parte inferior e superior, o que ajuda bastante na experiência sonora, principalmente pra quem não gosta de ouvir o som com intensidade maior de um lado do que do outro, como acontece nos iPads tradicionais que só têm o som emitido de uma direção (contei sobre isso no review do iPad 8). Como de costume, não temos entrada P2 para fones de ouvido, e o aparelho não traz mais fone de ouvido na caixa.
Desempenho e processador
O desempenho de modo geral é como se espera de um aparelho que custa mais de 5 mil reais: muito bom. A Samsung tem feito um ótimo trabalho no Android desde o Galaxy S6, e ano após ano a coisa só melhora. Ainda não se compara com o que encontramos no iOS da Apple, mas é muito fluido em tudo, tarefas simples e pesadas. Ao abrir o aplicativo de câmera há um pequeno delay, maior do que notado nos iPhones, mas é bem sutil. O Galaxy S22 é o primeiro smartphone da Sul-coreana a embarcar o Snapdragon 8 Gen 1, o processador mais potente fabricado pela Qualcomm. Ele vem com a promessa de várias melhorias, mas é preocupante o tanto que esquenta. O sinal de alerta acende quando vemos que não é algo isolado, outros aparelhos como o Motorola Edge X30 apresentam o mesmo problema. No futuro virá alguma correção pra amenizar isso? Não sabemos, mas por enquanto teremos a bateria — que já é pouca — sendo drenada por ineficiência energética causada pelo processador. O Snapdragon 8 Gen 1 é um octa-core de 4nm, contra 5nm do modelo anterior. Isso significa, na teoria, que ele gasta menos bateria. Os núcleos estão divididos da seguinte forma:
1 núcleo de 3.00 GHz Cortex-X2 (atividades pesadas)3 núcleo de 2.40 GHz Cortex-A710 (também para atividades pesadas)4 núcleo de 1.70 GHz Cortex-A510 (atividades leves
Na prática isso significa que em jogos, renderização e gravação de vídeos ou qualquer atividade mais pesada, os núcleos principais serão usados e consumirão mais bateria. Atividades leves como navegação na internet, usar redes sociais e aplicativos como WhatsApp, usarão os núcleos mais simples, drenando menos bateria e te deixando mais tempo fora da tomada. Até a data de publicação desse review, por algum motivo o Snapdragon 8 Gen 1 não roda jogos da Google Play Store em 120Hz. Essa limitação deverá ser resolvida futuramente com alguma atualização, já que os modelos anteriores como o S21 e o S20 têm suporte à maior taxa de atualização em jogos. Em 2022 a gente sabe que a experiência na prática conta mais do que pontuações e rankings, mas pra quem gosta de testes de benchmark, no AnTuTu o Galaxy S22 com Snapdragon aparece em 15º lugar. E aqui uma curiosidade: o S22 com Exynos aparece em 10º, e o único quesito que ele levou a melhor (quase 15% a mais) foi na GPU, provando que a parceria da Samsung com a AMD trouxe sim melhorias. É estranho ver o Mi 12 Pro e o Motorola Edge 30 Pro em 1º e 2º lugar respectivamente, enquanto o S22 Ultra, S22+ e S22 figuram em 5º, 7º e 15º lugar respectivamente, já que ambos têm o mesmo processador.
Sistema
A One UI tem se tornado uma das interfaces mais completas do mercado. O que apesar de positivo, tem seu lado negativo. Muitos usuários nem sequer imaginam as possibilidades infinitas da linha Galaxy. O Android sempre foi um sistema reconhecido pelas possibilidades a mais, quando comparado com o principal concorrente — o iOS — e nativamente a Samsung coloca inúmeros recursos, por exemplo: existe na galeria a possibilidade de remasterizar uma foto, algo semelhante ao que o aplicativo Remini faz, mas direto pelo sistema sem baixar programas que te enchem de propaganda. Talvez falte campanhas educativas mostrando as possibilidades, a companhia é uma das maiores fabricantes de celulares do planeta, pode ser útil pra muita gente. A Samsung foi pioneira no DeX, plataforma que transforma a interface do celular em uma interface de computador. A ideia é promissora, mas ainda precisa de ajustes e aos poucos outras empresas vêm adotando ideias semelhantes: a Motorola hoje tem o Ready For e a Xiaomi tem o PC Mode. O aparelho vem com Android 12 de fábrica e, como falamos acima, teremos 4 anos de atualizações de sistema e 5 anos de atualizações de segurança, isso significa que ele receberá o Android 13, 14, 15 e 16. Ótima notícia, né? Outra notícia boa é que agora o sistema troca de câmera quando você vai dar zoom no Instagram, por exemplo. Antigamente ele usava apenas umas das lentes e dava zoom digital, o que diminuía significativamente a qualidade final da imagem e agora ao dar zoom ele alterna entre as lentes. Amém! A qualidade de gravações está realmente melhor. A parceria da Samsung com o Instagram iniciada no S10 (quem lembra que tinha até um botão exclusivo pro Insta no app de câmera?) finalmente está trazendo resultados reais. Quem detestava aparelhos Samsung por conta da TouchWiz e está pensando em migrar de volta, dê essa chance: a One UI está linda, rápida, e sem aqueles travamentos inesperados. Inclusive, o aparelho não demonstrou nenhum travamento nos meus testes.
Pontos Negativos
O aparelho esquenta. Em 11 minutos usando a câmera, o celular esquentou bem mais que o habitual. O S20 FE nunca esquentou tanto, nem fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Outro ponto negativo é a quantidade de limitações que o Galaxy S22 tem em comparação com os demais modelos da linha S22. A diferença de preço nem é tão grande entre o S22 e o S22+ pra justificar tirar tanta coisa, como suporte ao Wi-Fi6E. Uma coisa que não ficou clara é o S22 Ultra ter modo macro na lente ultra-wide e os demais não, já que ambos têm a mesma lente, mesmo processador e o mesmo sensor.
Preço
Tudo isso tem um preço e é bem salgado. Este ano a Samsung iniciou as vendas do Galaxy S22 no mesmo preço que o S21 ano passado: R$ 5.999,00, com possibilidade de cair para R$ 5.399,00 no pagamento à vista — mas já é possível encontrar o aparelho por R$ 4.699 no Magazine Luiza. A gente não devia normalizar o abuso de preços praticados em telefones premium no país. Quase 5 salários mínimos num celular que é semelhante ao seu antecessor e que atualmente custa na faixa de R$ 3.000,00 é bem fora da realidade. Felizmente, para amenizar isso, a Samsung ofereceu como brinde o Galaxy Watch4 para quem comprou o smartphone na pré-venda. Quem compra hoje paga os mesmos valores mas não tem esse afago que é muito bem-vindo.
Conclusão
É uma evolução. As empresas, de modo geral, precisam segurar suas cartas na manga pra manter o interesse do público trazendo poucas novidades, mas sempre trazendo melhoria. Do Galaxy S21 para o Galaxy S22 temos avanços incrementais na câmera, processador, recursos e fim. Se você tem o S21 ou até mesmo a linha S20 o update não é tão necessário. A linha S é quase uma joia, e continua brilhando nos S22, mas se você tem uso intenso do celular durante o dia, faz atividades pesadas e usa para jogos, talvez o S22+ seja mais indicado, já que tem bateria maior e você não precisará ficar colocando pra recarregar ao longo do dia. Usa o Galaxy S10 ou algum celular de 2019 ou anterior? O upgrade é válido, principalmente quando consideramos que teremos 4 anos de atualização de software e 5 anos de atualizações de segurança. Você só precisa estar ciente que a bateria é um grande ponto negativo e pode te deixar na mão — tenha uma bateria externa.