Prova disso é que, segundo estimativa do presidente da Samsung, TM Roh, o mercado movimentou cerca de 10 milhões de unidades desse tipo de smartphones no ano passado, um aumento de 300% no setor. Para o executivo, os números mostram um amadurecimento, mesmo que de maneira lenta. “Três anos atrás, os dobráveis ​​Galaxy podiam ser resumidos em uma única palavra: radical. Hoje, no entanto, ficou claro que esse design inovador e flexível se encaixava perfeitamente nos estilos de vida modernos. Como resultado, o que antes era uma novidade há três anos agora é a escolha preferida de milhões”, conta ele. No caso da Samsung, os números também são bastante favoráveis, fazendo da companhia o maior player desta indústria. Segundo estatísticas liberadas em março deste ano, a sul-coreana ocupa 87,8% deste segmento, tendo registrado ainda um aumento em vendas de mais de 300% se comparado a 2020. Para se ter uma noção, a segunda colocada, a Huawei, tem “apenas” 9,3% do total de vendas no segmento. Segundo um relatório da DSCC, os três últimos da lista são a Xiaomi, com 2,4%; a Royole, com 0,3% de participação no mercado; e a Oppo, com 0,2% de penetração. Por fim, o presidente da Samsung ainda divulgou dados mais detalhados das vendas dos seus dobráveis. Do total de vendidos no ano passado, 70% eram o modelo Flip, a versão menor e mais acessível atualmente no portfólio da empresa. Os outros 30% ficaram com o modelo Fold, topo de linha voltado para quem deseja experimentar o que há de melhor (e para quem também tem dinheiro de sobra). TM Roh não fez qualquer menção aos novos Galazy Z Fold4 e Galaxy Z Flip4, que devem chegar no próximo dia 10 de agosto, data em que será realizada a próxima edição do Galaxy Unpacked. Apenas afirmou que o que está para chegar iria surpreender a todos. No final das contas, a perspectiva é de que a Samsung alcance ainda mais público nos próximos anos, já que as estimativas apontam para cerca de 27 milhões de dobráveis vendidos em 2025 — quase 3 vezes mais do que o registrado no ano passado.

Dobráveis intermediários podem estar perto

Aproveitando o hype vivido pelo nicho de telefones dobráveis, é possível que tenhamos, já nos próximos anos, os primeiros smartphones dobráveis intermediários chegando ao mercado. Recentemente, o Showmetech divulgou alguns vazamentos que dão conta de que a divisão Mobile Experience (MX) da Samsung deu início ao planejamento de um novo projeto que deve levar cerca de dois anos para ficar pronto. Ao que tudo indica, a ideia é criar um Galaxy Z Flip e um Galaxy Z Fold de baixo custo. O maior foco da empresa agora é deixar que as telas dobráveis dos modelos atuais deixem de ser um recurso exclusivamente premium. Para se ter uma noção de preço, o Galaxy Z Fold 3, lançado no ano passado, pode ser encontrado no mercado pelo valor médio de R$ 10 mil. Não há informações sobre o valor que a empresa coreana tem em mente para vender estes novos modelos de smartphones dobráveis intermediários, mas a grande regra é que a linha Galaxy A, sucesso de vendas em todo o mundo, seja tomada como base para a criação dos novos aparelhos. Como apontado neste texto, a empresa tem tido bastante sucesso no mercado de dobráveis e, caso realmente lance uma nova categoria de modelos que é um tanto mais acessível que os podem ser encontrados atualmente, os resultados positivos podem ser ainda maiores do que os já registrados ao longo dos últimos anos.

Evolução de sucesso

Em 2019, o mundo assistia o primeiro passo dado pela Samsung em busca de uma revolução. Naquele ano, era lançada a primeira versão do Galaxy Fold, o primeiro smartphone dobrável verdadeiro já lançado no mundo. A linha Fold tinha como intuito criar um smartphone capaz de virar um tablet. Apesar de algo mágico, a novidade chegou com olhares de desconfiança. Afinal, uma tela que se dobrava ao meio era algo, até então, nada comum. O consenso era que se o consumidor pudesse pagar — e não tivesse medo de experimentar uma nova tecnologia —, o Fold era uma peça de tecnologia incrível que cumpriria as promessas feitas: entregar um display do tamanho de um tablet que cabe no bolso. Pouco depois seria a vez da Huawei, que entraria em cena com o Mate X. Os dois equipamentos eram semelhantes, mas muito diferentes na forma como se dobravam. Com o passar do tempo, os dobráveis da Samsung foram ganhando novas formas. Um ano depois, em 2020, foi a vez de entrar em cena o Galaxy Z Fold2. Ele representava uma boa evolução do primeiro modelo, incrementando ferramentas que o tornariam um telefone revolucionário. Os recursos de multitarefa foram aprimorados, mais aplicações usufruíam da grande tela e a dobra no meio era menos perceptível. No entanto, mais importante do que tudo isso, o belíssimo display de 7,6″ era ainda mais resistente. Estas melhorias provaram que os dobráveis vieram para ficar e acabaram de vez com o receio dos consumidores. Naquele mesmo ano, era revelado também o Galaxy Z Flip, um novo dobrável em formato de concha que agradou a muitos usuários saudosistas. Ao contrário do Galaxy Z Fold, o Z Flip dobrava-se verticalmente, como os antigos celulares Flip, revelando um display de 6,7″ quando ‘aberto’. Chamado de display Infinity Flex, o primeiro Z Flip oferecia um modo de tela dividida, que permitia usar um app na metade superior do smartphone e outra na metade inferior. A mais recente versão, o Galaxy Z Flip3 — apesar de ser a segunda geração, foi assim nomeado para permanecer consistente com o Z Fold3 — foi anunciado em agosto do ano passado e trouxe melhorias em relação ao seu antecessor, tornando-se um aparelho muito mais rápido, com melhor desempenho, sem deixar de lado o seu design elegante. A câmera frontal do Z Flip3 foi aprimorada, passando a permitir selfies rápidas — mesmo com o smartphone ‘fechado’. A câmera traseira dupla também oferece capturas mais rápidas que o primeiro Z Flip. A tela frontal de 1,9 polegadas tornava a sua vida mais fácil, enquanto a tela dobrável era ainda mais durável do que antes. Junto com o Z Flip, também foi anunciado o Samsung Galaxy Z Fold3, smartphone que representa, atualmente, o que há de melhor em tecnologia dobrável. Com o novo modelo, o que já era extraordinário ficou ainda melhor. Nele, a Samsung adicionou a compatibilidade da caneta stylus, algo muito solicitado pelos consumidores da marca. Também fizeram alguns ajustes no equipamento, dando ao Z Fold3 mais robustez — e até mesmo tornando-o à prova de água. O seu display também chama a atenção ao chegar a impressionantes 7,6 polegadas quando aberto e conta com upgrades para assegurar uma melhor resistência a arranhões. Afinal, o Z Fold3 foi feito para durar. O melhor de tudo é que a Samsung tornou o Z Fold3 o mais acessível Fold até agora. Esta é a prova definitiva de que os smartphones dobráveis estão se tornando cada vez mais acessíveis, tal como esperado e previsto por análises recentes.

E para o futuro?

Hoje, os smartphones dobráveis já conquistaram os consumidores e venceram a desconfiança que muitos tinham no início. As principais fabricantes de aparelhos móveis já correm atrás da tecnologia, como Xiaomi, TCL e, segundo rumores, até mesmo a Apple já está correndo por fora para apresentar a tecnologia o quanto antes. Num futuro, não se surpreenda caso tenhamos tablets que se desdobram em telas maiores ou televisores totalmente dobráveis. Por ora, estamos apenas a engatinhar com o potencial deste recurso, que chegou para ficar. O grande entrave para a popularização da tecnologia, no entanto, é o seu alto preço. Apesar disso, a expectativa é que, com o passar dos anos, ela se torne cada vez mais barata e acessível, dando a todos o poder de testar tudo o que a tecnologia dobrável pode oferecer. Veja também: No início da semana, a Samsung confirmou a data do seu próximo Galaxy Unpacked. Veja o que esperar do evento que acontecerá em agosto. Fontes: The Verge, PCMag, Samsung.

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