De acordo com o TechCrunch, além de explicarem o funcionamento de mecanismos internos, os representantes concordaram que os pais deveriam ganhar e/ou manter o poder de apagar os dados online dos filhos nessas redes. O congresso ainda planeja discutir uma legislação que possa ajudar a proteger crianças e adolescentes online. Embora audiência de terça tenha sido voltada para essas soluções, nenhuma proposta que foi apresentada nos depoimentos dos representantes do YouTube e TikTok. Eles foram incisivos em pediram leis mais específicas sobre privacidade online. O senador democrata Ed Markey, que participou da sessão, tem uma proposta que inclui a proibição de coleta de dados online de jovens entre 13 e 15 anos.

TikTok nega conexões com governo chinês

Outra pauta levantada na audiência foi o suposto acesso de informações de dados dos EUA que o governo chinês teve acesso através do TikTok. Segundo Michael Beckerman, vice-presidente e diretor de políticas públicas do TikTok nos EUA, o app não repassa nem dá acesso ao governo chinês para consultar informações obtidas pela plataforma. A especulação se dá devido afirmação da senadora republicana Marsha Blackburn, que o governo da China tem uma participação financeira na ByteDance, empresa-mãe do TikTok, e um assento no conselho. Ela acredita que a plataforma colete dados, incluindo áudio e localização do usuário aos chineses. Beckerman negou a acusação, reforçando que os dados de usuários do TikTok nos EUA são armazenados nos Estados Unidos, com backups em Singapura. “Temos uma equipe de segurança com sede nos EUA de renome mundial que lida com o acesso”, disse Beckerman. O executivo também disse que pesquisadores externos descobriram que o TikTok coletou menos dados sobre os usuários do que empresas da indústria de tecnologia semelhantes. Além disso, reafirmou que o TikTok estaria disposto a fornecer as políticas de moderação de algoritmo do aplicativo para que o painel do Senado revisasse por meio de especialistas.

Denúncias contra o Facebook

Após uma ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, denunciar a rede social por priorizar o lucro no lugar da segurança dos usuários, uma crise se instalou na empresa de Mark Zuckerberg, o que tem respingado em todas as outras plataformas. Haugen trabalhou como gerente de produtos na companhia e era responsável por projetos relacionados com eleições. Ela apresentou uma série de denúncias sobre as práticas da rede social em diversas frentes, inclusive também precisou depor no Senado, onde revelou uma pesquisa interna da companhia que constatou que o Instagram é tóxico para adolescentes. A ex-funcionária era uma informante do The Wall Street Journal, mas desde que decidiu revelar sua identidade tem se empenhado em uma campanha contra a empresa. Além do depoimento no Senado americano, ela também precisou precisou depor no Parlamento britânico, onde reforçou suas alegações e afirmou que “agora é a hora de agir”. Depois da repercussão do caso nas últimas semanas, houve uma grande comoção nas redes sociais, por parte da imprensa e até mesmo de investidores das principais redes sociais. Por isso, não só as plataformas pertencentes ao grupo Facebook estão sendo questionadas, mas todas aquelas que trabalham com algoritmos e têm um grande público. Até a publicação desta reportagem, nenhum tipo de projeto está em fase avançada de debate entre os parlamentares norte-americanos, assim como o Senado indicou os próximos passos na interrogação das grandes plataformas. Fontes: The Verge, Mashable, TechCrunch

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