Analisando os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), verifica-se que houve um aumento de 159,16% na contratação de profissionais com algum tipo de deficiência e diploma de ensino superior, entre 2010 e 2019. O levantamento foi feito pelo Quero Bolsa, plataforma de bolsas de estudo e vagas no ensino superior. Em 2010, foram 4.395 contratações. Em 2019, esse número cresceu para 11.390. Segundo outro levantamento, este utilizando como base os dados do Censo da Educação Superior 2019, divulgado pelo Inep, na última década, entre 2010 e 2019, o número de estudantes com deficiência no ensino superior brasileiro aumentou 144,83%. Em 2010, eram 19.818 alunos e em 2019, esse número chegou a 48.520. No entanto, eles ainda correspondem a menos 1% do total de matriculados na graduação, o que mostra que apesar do aumento da inclusão de pessoas com deficiência em cursos superiores, a representatividade ainda é muito baixa.
Mercado de tecnologia vem sendo destaque na inclusão de pessoas com deficiência
O mercado de tecnologia foi também muito importante nesse aumento. Por exemplo, analisando todas as ocupações que contrataram profissionais com deficiência no ano de 2019, vemos um destaque para esse setor. Analista de Desenvolvimento de Sistemas foi a quarta posição que mais contratou pessoas com deficiência entre janeiro e dezembro daquele ano. Ao todo, foram 275 admissões no período. Além dela, vemos Analista de Suporte Computacional com 91 contratações; Programador de Sistemas de Informação com 66; e Programador de Internet com 22. A preocupação com a inclusão de pessoas com deficiência existe também por parte de grandes empresas, que cada vez mais passaram a se movimentar e lançar produtos e serviços, assim como criar medidas internas, que melhorem a experiência dessas pessoas.
No ensino superior, cursos de computação incluem acima da média
Analisando os cursos da área de tecnologia no ensino superior, vemos também que eles são um destaque na inclusão de pessoas com deficiência, ficando acima da média nacional de 0,48%. Por exemplo, temos:
Jogos Digitais – 100 alunos com deficiência matriculados, correspondendo a 1,29% do total;Sistemas para internet – 101 alunos com deficiência matriculados, correspondendo a 1,05% do total;Engenharia de software – 97 alunos com deficiência matriculados, correspondendo a 1,04% do total;Ciência da computação – 589 alunos com deficiência matriculados, correspondendo a 0,88% do total;Engenharia de computação – 221 alunos com deficiência matriculados, correspondendo a 0,80% do total;Sistemas de informação – 1208 alunos com deficiência matriculados, correspondendo a 0,65% do total.
Como realizar esses cursos?
Depende do que você pensa em fazer. Se for seguir os estudos em uma universidade particular, a principal forma de alcançar a tão sonhada vaga na faculdade é com vestibulares privados, próprios da instituição de ensino ou de provas que sirvam para várias delas. Em universidades públicas, o Enem é bem útil nesse processo. Ele é a principal forma de acesso aos cursos de faculdades gratuitas, principalmente nas federais, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Muitas instituições o utilizam como nota no vestibular e o estudante ainda pode concorrer a uma bolsa de estudos via Programa Universidade para Todos (Prouni). Além disso, a nota do Enem também é base para pedidos de financiamento estudantil. Para quem deseja ingressar em universidades estaduais, o Enem também pode ser utilizado para compor a nota final, porém, é importante ressaltar a necessidades de fazer os vestibulares próprios de cada instituição. Fonte das imagens: DepositPhotos